Juventude e Educação Não-Formal: Uma Análise das Práticas Educativas do/ no Hip-Hop Soteropolitano

O artigo que se segue tem como objetivo estudar as práticas educativas dentro da cultura hip-hop, ou seja, compreender como o hip-hop tem possibilitado a conscientização identitária e a tomada de decisões individuais e coletivas dos jovens que fazem parte do movimento hip-hop na cidade de Salvador,...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: dos Santos, Célio José (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/4822
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/4822
Descrição
Resumo:O artigo que se segue tem como objetivo estudar as práticas educativas dentro da cultura hip-hop, ou seja, compreender como o hip-hop tem possibilitado a conscientização identitária e a tomada de decisões individuais e coletivas dos jovens que fazem parte do movimento hip-hop na cidade de Salvador, além de identificar as metodologias adotadas para o processo de ensino aprendizagem e analisar quais são os objetivos da educação não-formal praticada pelo grupo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utiliza como método a pesquisa do tipo etnográfico como propõe André (2002), a qual é caracterizada pelo uso das técnicas que comumente são associadas à etnografia, como a observação participante, a entrevista intensiva e a análise de documentos. Para o autor, a pesquisa do tipo etnográfico se diferencia da etnográfica, pelo fato de alguns requisitos técnicos metodológicos não serem seguidos ao pé da letra. A coleta de dados foi feita através observação e de entrevistas realizadas com os jovens que fazem parte do movimento hip-hop soteropolitano. A parti daí podemos afirmar que todo o processo de constituição do hip-hop soteropolitano, seja nos shows musicais, nas reuniões dos grupos, nas oficinas ou palestras, ou em qualquer atividade política do movimento, está alicerçado a partir das práticas da educação não-formal, uma vez que o hip-hop se mostra como um grande elemento transformador de uma juventude negra, pobre e periférica que tem nessa possibilidade de ativismo sócio-político e cultural o lazer e a política reunidos.