Summary: | No momento em que se aguarda pela implementação da política de coesão da União Europeia para o período 2021-2027, foi proposta uma metodologia com capacidade preditiva, para medir a eficácia da aplicação de fundos de apoio, na redução das disparidades entre os países da União Europeia. No presente trabalho foi utilizada uma abordagem inovadora, que associa uma análise microeconómica, baseada em indicadores económico-financeiros, à visão macroeconómica, em termos de equilíbrio da Balança Comercial. Através desta abordagem, foi possível concluir, que empresas que, em Portugal, obtêm apoios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, na área do desenvolvimento tecnológico e inovação e na área da competitividade das Pequenas e Médias Empresas, apresentam maior probabilidade de pertencerem a um cluster de alta competitividade. O estudo recorreu ao modelo de Regressão Logística e incidiu sobre o setor de atividade de fabrico de componentes e acessórios para a indústria automóvel, que contribui significativamente para as exportações e pode ser considerado como um exemplo de open innovation. Para o efeito, foram utilizados dados disponíveis devido à política de transparência de afetação de fundos da União Europeia e construído um indicador de competitividade, que associa uma alta competitividade a uma maior intensidade de exportações e a processos produtivos mais abertos e indutores da inovação e desenvolvimento económico. Da análise à amostra, constituída por 241 empresas, estima-se que a probabilidade duma empresa pertencer ao cluster de alta competitividade, seja de 88%, no caso de ter tido apoios para desenvolver projetos na área da inovação. A probabilidade desce para 61%, se a empresa tiver beneficiado de apoios para desenvolver projetos na área da competitividade das Pequenas e Médias Empresas e cai para 21%, se a empresa não tiver beneficiado de apoios nestas áreas.
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