Resumo: | Os mastocitomas são neoplasias comuns em cães, representando 10 a 20% de todos os tumores cutâneos nesta espécie. A elevada prevalência desta doença neoplásica, bem como o seu comportamento biológico por vezes imprevisível, tornam o seu diagnóstico e tratamento muito importantes. O diagnóstico é, na maioria das vezes, obtido através de citologia aspirativa do nódulo, embora em alguns casos seja necessário realizar biopsia incisional para análise histológica. Após confirmação do diagnóstico, é necessário determinar qual a abordagem terapêutica mais adequada a cada caso, o que depende de diversos parâmetros, nomeadamente da localização da massa primária, do tamanho, do grau histológico e da extensão da disseminação da doença. Esta dissertação teve como objectivo documentar casos práticos de mastocitomas em cães e analisar os respectivos protocolos de tratamento aplicados. Para esse efeito, foram estudados cinco casos de mastocitoma cutâneo consultados no Hospital Veterinário Sul do Tejo, tendo-se abordado algumas modalidades terapêuticas, entre elas a exérese cirúrgica, a quimioterapia e o tratamento com inibidores de tirosinas cinases. Verificou-se que a maioria dos casos de mastocitomas cutâneos caninos foram diagnosticados através de citologia. O estadio clínico foi realizado de forma completa em apenas um dos cães e a forma de tratamento mais empregue foi a excisão cirúrgica dos nódulos. Constatou-se que as condições socioeconómicas dos proprietários foram um dos factores mais importantes na tomada de decisão sobre a escolha da modalidade de tratamento, mesmo que em quatro casos não tivesse sido a mais indicada sob o ponto de vista médico. Constatou-se também que é necessário melhorar a metodologia clínica adotada na abordagem aos casos de oncologia
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