As pessoas leigas em Medicina apresentam explicações alternativas, ou significações subjectivas, acerca dos processos de saúde e de doença, que coexistem e competem com as dos profissionais de saúde. O resultado desta competição pode concretizar-se através de um conflito epistemológico, mais ou menos tácito, entre o profissional e o indivíduo. A perspectiva construtivista- desenvolvimentista aqui trabalhada sugere que as significações subjectivas acerca da saúde e da doença apresentam diferentes níveis de desenvolvimento quanto à sua abertura, flexibilidade, inclusividade e autonomia. Neste enquadramento, foi delineado e concretizado um projecto cujos objectivos principais foram: 1) identificar as significações subjectivas acerca da saúde e da doença em pessoas leigas, e verificar se essas mesmas significações podem ser ordenadas em diferentes níveis de desenvolvimento sociocognitivo; e 2) analisar quais as implicações para a Psicologia da Saúde de uma perspectiva desenvolvimentista.

O presente estudo tem como objectivos identificar os factores que influenciam a prática da actividade física nos adolescentes portugueses. A identificação destes factores é um passo chave na identificação e afastamento de barreiras à prática da actividade física. Este estudo usa dados da amostra nac...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Matos, Margarida Gaspar de (author)
Outros Autores: Carvalhosa, Susana Fonseca de (author), Diniz, José Alves (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.12/6549
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/6549
Descrição
Resumo:O presente estudo tem como objectivos identificar os factores que influenciam a prática da actividade física nos adolescentes portugueses. A identificação destes factores é um passo chave na identificação e afastamento de barreiras à prática da actividade física. Este estudo usa dados da amostra nacional do HBSC (Matos, Simões, Carvalhosa, Reis & Canha, 2000). A amostra nacional consistiu em 6903 alunos, de 191 escolas portuguesas seleccionadas aleatoriamente após estratificação por região, cobrindo todo o Portugal continental. Os alunos ficaram assim distribuídos pelas áreas educativas: 39.7% Norte, 24.7% Centro, 25% Lisboa, 6.2% Alentejo e 4.4% Algarve. Dos 6903 alunos, 53% eram raparigas e 47% rapazes, 34.9% do 6.º ano, 37.5% do 8.º ano e 27.6% do 10.º ano. Os resultados, utilizando um modelo linear de regressão múltipla, revelam como variável explicativa mais forte o sexo. Tanto a idade como o sexo foram associadas à prática da actividade física com os rapazes e os mais novos a praticar mais. A percepção da saúde apareceu também associada à prática da actividade física, uma melhor percepção associando-se a uma maior prática. Foi também encontrada uma associação entre o tempo passado com os amigos fora das escola e as noites passadas com os amigos e a prática da actividade física. A associação encontrada entre a posse de automóvel de família e a prática da actividade física não foi inesperada, outros estudos referiram já a importância da mobilidade e acessibilidade na prática da actividade física em adolescentes. Se aceitarmos os já reconhecidos efeitos benéficos da actividade física na saúde e bem estar físico, social e psicológico dos adolescentes, estes resultados apontam claramente para a urgência de medidas a nível nomeadamente da família e da escola no sentido de apoiar os jovens na sua escolha de um estilo de vida activo e saudável tendo em consideração as diferenças de género.