Summary: | Introdução: Os programas de rastreio neonatal são programas de saúde pública, com o objetivo de uma deteção precoce de recém-nascidos afetados por determinada patologia, com vista a um início atempado do tratamento, que conduza a uma diminuição da morbilidade e mortalidade. Em todo o mundo, a taxa média dos prematuros ao nascimento é estimada em cerca de 10%, tendo a evolução científica e tecnológica no campo da neonatologia contribuído para o recente aumento significativo da sua taxa de sobrevivência. Também em Portugal, e de acordo com dados da Sociedade Portuguesa de Neonatologia (SPN), apesar da natalidade ter vindo a descer nos últimos anos, o número de recém-nascidos de extremo baixo peso (RNEBP), isto é, que nascem com menos de 1500 gramas e/ou menos de 30 semanas de gestação, tem vindo a aumentar. A imaturidade e complicações clinicas associadas à prematuridade originam frequentemente alterações no rastreio neonatal destes bebés, contribuindo para o aumento da percentagem de resultados falsos positivos e negativos no rastreio neonatal deste grupo de recém-nascidos. O objetivo deste trabalho consiste na avaliação da estratégia utilizada na URN para efetuar o rastreio neonatal dos RNBP, e que consiste na análise de três amostras colhidas entre o 3º e o 6º dia, às duas semanas e às quatro semanas de vida.
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