Summary: | O início do século XXI foi marcado por uma enorme crise financeira mundial, que provocou recessão e deterioração no sistema financeiro nos Estados Unidos e na Europa. Com o agravamento da situação económica, juntamente com o fortalecimento da crise da dívida soberana, os bancos também sofreram fortes impactes negativos. Além disso, o aumento da incerteza provocado pela deterioração da economia levou a que os riscos associados aos empréstimos se tornassem cada vez maiores, levando os bancos a aumentarem os spreads associados aos empréstimos às sociedades não financeiras. Esta dissertação tem como objetivo compreender os motivos que levaram os spreads aplicados pelos bancos Portugueses, depois do início da crise financeira mundial, a aumentar significativamente, especificamente no segmento das empresas não financeiras. Neste sentido, o trabalho consiste numa análise empírica aos determinantes do spread de crédito dos empréstimos às empresas; os resultados obtidos permitem compreender o comportamento dos spreads aplicados pelos bancos, e encontrar os determinantes mais relevantes que explicam o aumento dos spreads em Portugal, após o início da crise financeira. Com base numa amostra representativa correspondente ao período entre Março de 2003 e Junho de 2013, confirma-se que a variável Euribor a 3 meses e a taxa de incumprimento das sociedades não financeiras são estatisticamente significativas para explicarem as variações do spread. Esta evidência é referente ao cenário de crise económica e de recessão considerado neste estudo.
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