Estudo numérico da artroplastia da articulação trapeziometacárpica

A presente dissertação teve como principal objetivo o estudo dos aspetos biomecânicos da artroplastia trapeziometacárpica nomeadamente as altera ções em termos de solicitação mecânica no metacarpo e trapézio entre o estado nativo e protésico da articulação, aferindo desta forma os poss íveis riscos...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Matos, Ana Cristina Costa Ferreira de (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/9487
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/9487
Descrição
Resumo:A presente dissertação teve como principal objetivo o estudo dos aspetos biomecânicos da artroplastia trapeziometacárpica nomeadamente as altera ções em termos de solicitação mecânica no metacarpo e trapézio entre o estado nativo e protésico da articulação, aferindo desta forma os poss íveis riscos e oportunidades associados a este método cirúrgico. Inicialmente desenvolveu-se um estudo anatómico e biomecânico do complexo da mão e mais especi camente da articulação trapeziometacárpica, permitindo assim uma compreensão das estruturas e sua função na articulação. Posteriormente, com o intuito de compreender os principais problemas associados à articulação realizou-se um levantamento relativo às patologias e os principais tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos associados a esta, tendo sido dado especial enfoque à artroplastia total carpometacárpica do polegar. Para dar resposta ao objetivo do estudo desenvolveram-se modelos numéricos de elementos nitos especí cos a pacientes com base em imagens médicas de TAC da articulação com patologia, tal como a rizartrose, e sem patologia. Os modelos representativos da situação implantada foram desenvolvidos com base no modelo do implante Elektra, de forma a considerarem dois estados clínicos temporais: um representativo de um período pós-cirúrgico e outro representativo de um periodo de longo termo após a cirurgia. Estes modelos foram desenvolvidos com recurso a diferentes softwares comerciais tais como o Simpleware, CATIA e Marc, sendo posteriormente submetidos a duas condições de carga representativas de uma atividade siológica ligeira (pinça de pontas) e outra mais severa (preensão de garra). Analisaram-se as deforma ções principais nas estruturas ósseas representativas da condição nativa e protésica, bem como os micromovimentos relativos entre o implante e o osso no período pós cirúrgico. Os resultados obtidos evidenciam alterações signi cativas quer ao nível do campo de deformações entre a situação clínica patológica e não-patológica, quer no estado nativo quer no estado protésico. Os níveis de deformações a guraram-se sempre mais elevados na situação patológica, sendo o trapézio aquele que exibiu os valores mais elevados. Nos modelos protésicos registou-se um aumento signi cativo das deformações nas regiões anexas aos implantes no período pós-cirurgico. No entanto, este níveis de deformação reduziram-se na situação de longo termo para níveis de menor risco para as estruturas ósseas. Pode, consequentemente concluirse que existe um forte risco de falência da artroplastia trapeziometacárpica quando esta está associada a elevadas cargas na situação imediatamente após a cirurgia ou quando a qualidade óssea se apresenta débil