Summary: | A família é a primeira fonte de vinculação que todos nos temos ao nascer, quer para com os nossos progenitores, como com todos os outros restantes elementos da mesma. É também no seio desta que vamos aprendendo as várias formas de nos relacionarmos, através dos diferentes tipos de vínculos que criamos com cada elemento da família, que nos vai ajudar, ao crescer a manter relações com todos os outros constituintes da sociedade e comunidade em que nos inserimos. As ruturas da parentalidade, independentemente do motivo que as causam (divorcio, morte, abandono, maltrato), pode consistir na quebra do vínculo para com um, ou ambos os progenitores, o que traz influências drásticas na vida de todos os sujeitos envolvidos. Deste modo este estudo pretende perceber o impacto das ruturas da parentalidade no processo de desenvolvimento da Delinquência Juvenil, através da análise do vínculo estabelecido com as figuras parentais e o grupo de pares. Os resultados obtidos demonstram que parece haver uma correlação negativa entre a vinculação sentida pelos jovens, em relação as suas figuras parentais e grupo de pares, medida pela adaptação portuguesa realizada por Geada do instrumento Inventory of Parent and Peer Attachment (Armsden & Greenberg,1987), e a frequência de comportamentos delinquentes, medidos pela versão adaptada por Geada (1992) do instrumento Frequency of Delinquent Behavior (Leung & Lau, 1989). Através de uma análise qualitativa dos instrumentos anteriormente referidos, foi possível encontrar relação entre a qualidade de vinculação, sentida pelos jovens para com as suas figuras parentais, e os comportamentos delinquentes apresentados pelos mesmos, sendo que quanto pior a vinculação para com as figuras parentais maior o numero de comportamentos delinquentes apresentados pelos jovens.
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