Ansiedade, depressão e stresse: um estudo com jovens adultos e adultos portugueses

A nível europeu, Portugal é um dos países com maior prevalência de perturbações mentais, destacando-se as perturbações de ansiedade e as perturbações de humor (Wang et al., 2011). Diversas investigações têm reforçado a forte relação entre as perturbações de ansiedade e as respostas de stresse, bem c...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pinto, Joana Carneiro (author)
Other Authors: Lagarto, Patrícia (author), Pinheiro, Teresa (author), Oliveira, Ana (author)
Format: conferenceObject
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/21237
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/21237
Description
Summary:A nível europeu, Portugal é um dos países com maior prevalência de perturbações mentais, destacando-se as perturbações de ansiedade e as perturbações de humor (Wang et al., 2011). Diversas investigações têm reforçado a forte relação entre as perturbações de ansiedade e as respostas de stresse, bem como uma forte comorbilidade entre as perturbações de ansiedade e a depressão (e.g., Pais-Ribeiro, Honrado & Leal, 2004). Neste sentido, face aos vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento destas perturbações, bem como as suas consequências no bem-estar e qualidade de vida das pessoas, torna-se pertinente estudar estes sintomas emocionais através de instrumentos adequados à população portuguesa. Este estudo avalia as qualidades psicométricas da Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21; Pais-Ribeiro, Honrado, & Leal, 2004), e analisa diferenças nestes sintomas emocionais considerando variáveis sociodemográficas. Participaram 304 jovens adultos e adultos portugueses (M=37.29 anos; DP=11.19), tendo-lhes sido administrado o EADS-21, um instrumento de autorrelato constituído por 21 itens que incidem sobre a identificação de sintomas emocionais vivenciados na última semana. A análise de fiabilidade indicou valores de consistência interna de .824 para a ansiedade, .885 para a depressão e .861 para o stresse. A adequação do modelo foi avaliada através da análise fatorial confirmatória, sendo comprovada a sua qualidade no ajustamento aos dados empíricos (X2/df=1.971, CFI=.938, GFI=.898, RMSEA=.057). Registaram-se diferenças estatisticamente significativas nos níveis de ansiedade, depressão e stresse em função do sexo, idade, área de formação, e satisfação global com a vida. Retiram-se implicações para o aprofundamento desta linha de investigação.