Desenvolvimento de compet?ncias especializadas em cuidados paliativos

Atualmente, defrontar o fim de vida e o sofrimento, parece continuar a ser algo dif?cil. Os profissionais de sa?de, nomeadamente os enfermeiros, continuam a investir em medidas terap?uticas que t?m como objetivo major prolongar a vida por algumas horas, mas que n?o evitam o sofrimento nem a morte. E...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ara?jo, Susana Patr?cia Pereira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/20.500.11960/2123
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2123
Descrição
Resumo:Atualmente, defrontar o fim de vida e o sofrimento, parece continuar a ser algo dif?cil. Os profissionais de sa?de, nomeadamente os enfermeiros, continuam a investir em medidas terap?uticas que t?m como objetivo major prolongar a vida por algumas horas, mas que n?o evitam o sofrimento nem a morte. Efetivamente, cuidar da pessoa em fim de vida e fam?lia exige a participa??o ativa e compet?ncia do enfermeiro, no sentido de satisfazer as suas necessidades, privilegiando o direito de morrer com dignidade e o direito de receber bons cuidados, alicer?ada no dever do respeito pela vida. Cuidar de forma integral a pessoa em fim de vida implica, um cuidado humano cuja miss?o para al?m do al?vio ? a compreens?o deste processo de sofrimento. Assim, com o objetivo de desenvolver compet?ncias especializadas e habilidades na ?rea dos cuidados paliativos, a nossa op??o recaiu pela realiza??o de um Est?gio de Natureza Profissional na Equipa de Cuidados Paliativos da Unidade Local de Sa?de do Alto Minho, de forma a contribuir para um cuidado centrado na pessoa e fam?lia, focando-a como uma unidade de cuidados e como tal, para a constru??o do processo de fim de vida com qualidade. A nossa presta??o de cuidados de enfermagem especializada assentou nas dimens?es essenciais dos cuidados paliativos, nomeadamente: controlo de sintomas; comunica??o adequada; trabalho em equipa, apoio ? fam?lia e acompanhamento no processo de luto. Procuramos adotar metodologias ativas, din?micas, considerando o doente e fam?lia como sujeitos do cuidar, e respeitando os princ?pios ?ticos, deontol?gicos e legais. Verificamos, atrav?s da nossa pr?tica cl?nica que controlar sintomas ? dif?cil, na medida em que estes s?o afetados por diversas dimens?es (f?sicas, emocionais, sociais, ?ticas e espirituais). Procuramos realizar uma correta avalia??o dos sintomas, abordando as diferentes dimens?es da pessoa, caracterizando as necessidades do doente e fam?lia, delineando estrat?gias de interven??o e monitorizando-as. Desta forma desenvolvemos compet?ncias a n?vel do diagn?stico de necessidades, do planeamento, do reajuste do plano de cuidados, da monitoriza??o avalia??o e (re)avalia??o, de modo a maximizar o conforto, diminuir o sofrimento e aumentar a qualidade de vida do doente e fam?lia. A n?vel da comunica??o procuramos estabelecer uma comunica??o compreensiva, centrada no doente e fam?lia. Assim comunicar eficazmente implica compet?ncia relacional, emocional, ?tica, cultural e espiritual. Exigiu um equil?brio entre o conhecimento que possu?amos, as habilidades, atitudes, valores e emo??es.A n?vel do trabalho em equipa, procuramos trabalhar com os v?rios elementos da equipa, de forma a termos o mesmo objetivo do cuidar que passa pela promo??o do conforto e da qualidade de vida. A n?vel do apoio ? fam?lia e acompanhamento no processo de luto procuramos ouvir os familiares, favorecer a express?o dos seus sentimentos, receios, expectativas, d?vidas e preocupa??es sobre o futuro, para assim conseguir estabelecer uma boa rela??o de confian?a e consequentemente uma boa rela??o de ajuda A n?vel da forma??o, gest?o e investiga??o promoveu mudan?as/inova??o no cuidar. Parece podermos afirmar que com a realiza??o deste est?gio de natureza profissional adquirimos compet?ncias t?cnicas, cient?ficas, relacionais e humanas, bem como, um pensamento mais cr?tico e anal?tico, para um exerc?cio profissional na ?rea dos cuidados paliativos.