Summary: | Resumo da dissertação:Objectivo: Este estudo teve o intuito de verificar a adequabilidade do uso do peso referido e do peso estimado, em equações preditivas do gasto/necessidade de energia, identificando aquela com melhores resultados frente os valores medidos pela calorimetria indirecta respiratória (CIR). Procurou-se, também, identificar alguns dos parâmetros com influência sobre o gasto energético e avaliar a situação do fornecimento efectivo de energia, aos doentes. Material e método: Em estudo observacional e prospectivo, o gasto energético de 22 doentes críticos adultos foi medido, pela CIR, e comparado aos valores estimados por cinco equações preditivas, aplicando-se peso referido e peso estimado. Obtiveram-se as correlações entre o gasto energético medido e alguns parâmetros antropométricos, clínicos e bioquímicos, e avaliou-se a percentagem de energia fornecida aos doentes, com base no gasto energético medido. Resultados: A equação de Penn-State (2003), com aplicação do peso referido, foi a que mostrou melhores resultados. Destacou-se a associação entre o GER e o sexo, o peso, a altura, a temperatura corporal, o volume corrente, o volume minuto, a proteína C-reactiva e o grau de sedação. O fornecimento efectivo de energia abaixo de 80% das necessidades medidas foi prevalente, e sua adequação variou de doente para doente e de dia para dia. Conclusão: Na falta da CIR, a equação de Penn-State (2003) com o peso referido mostrou ser a melhor opção para a estimativa das necessidades de energia, devendo-se avaliar a tolerância dos doentes e a adequação do suporte nutricional, de maneira individual e constante. Vários parâmetros mostraram correlação significativa com o GER. Prevaleceu o fornecimento de energia em quantidades abaixo de 80% das necessidades medidas.
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