Resumo: | Montar uma aula universitária em engenharia informática, e sobre a interdisciplinaridade, é, hoje em dia, um exercício delicado, sobretudo pela expetativa criada com a sua frequência (o aumento de estudantes-trabalhadores, por razões da crise, e não só, produziu uma diminuição dos alunos presentes na sala de aula) e a sua participação ativa. Não é um problema só português, e, mesmo nos EUA, a sua discussão transferiu-se da academia para os jornais (o New York Times tem sido um deles), abordando a oportunidade dos MOOC´s (Massive Open Online Courses) via Internet e o cálculo do peso que as TIC´s (Tecnologias da Informação e Comunicação) devem possuir na educação em geral, e em particular sobre a universitária (aprender em qualquer lado e a toda a hora, facilitar a interrupção da aula, automatizar a avaliação das provas, testes e ensaios, permitir discussões em rede (foruns), aceder aos recursos e conteúdos no Moodle). Os estudos recentes sobre a avaliação dos alunos (percentagem de sucesso da aprendizagem) não é animador quanto ao êxito dos MOOC´s (a UNESCO tem estado atenta aos impactes da tecnologia e a esta forma de ensino), mas também sabemos que o desempenho das universidades (ensino tradicional, cara à cara, baseado no campus) não é bom (o caso dos EUA é revelador, com só 40% de rendimento), apesar dos investimentos públicos nalguns países, o que não é o caso de Portugal, onde a situação é preocupante, como tem sido alertado várias vezes pelo Conselho de Reitores.
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