Ajustamento psicossocial ao cancro da mama em função do tipo de cirurgia

Este estudo compara o ajustamento psicossocial a doenca em mulheres com cancro da mama submetidas a cirurgia de conservacao e mastectomia, prevendo diferencas entre os dois grupos. Procura ainda avaliar se ha diferencas no ajustamento ao longo de quatro momentos de avaliacao. A amostra foi constitui...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fernandes, Susana (author)
Other Authors: McIntyre, Teresa (author), Leite, Ângela (author)
Format: article
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.12/6510
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/6510
Description
Summary:Este estudo compara o ajustamento psicossocial a doenca em mulheres com cancro da mama submetidas a cirurgia de conservacao e mastectomia, prevendo diferencas entre os dois grupos. Procura ainda avaliar se ha diferencas no ajustamento ao longo de quatro momentos de avaliacao. A amostra foi constituida por 74 mulheres no estadio I-III da doenca submetidas a cirurgia. Todas as mulheres responderam a questionarios de baseline, antes da cirurgia, e foram seguidas longitudinalmente ate ao final dos tratamentos. As dimensoes do ajustamento psicossocial avaliadas foram o estado emocio - nal, as representacoes da doenca e a funcionalidade, nao se tendo verificado diferencas no ajustamento, para a grande maioria das variaveis psicossociais estudadas, em funcao do tipo de cirurgia. Contudo, encontramos diferencas significativas para as representacoes de doenca (compreensao da doenca) e para a funcionalidade (categoria lazer, sono e dimensao psicossocial), tendo os resultados sido mais favoraveis para as mulheres que realizaram uma mastectomia. Estes resultados sao inesperados uma vez que a cirurgia de conservacao pretende proporcionar um resultado cosmetico mais satisfatorio e com taxas de sobrevivencia equivalentes as da mastectomia, fazendo supor que se conseguiria obter um melhor ajustamento psicossocial. Os dados encontrados sugerem que o tipo de cirurgia nao parece predizer o ajustamento psicossocial. No entanto, considera-se que implicar as doentes na escolha do tipo de cirurgia, sempre que isso seja possivel, pode beneficiar uma compreensao mais ajustada acerca da doenca e do tratamento, com repercussoes mais favoraveis ao nivel emocional e da funcionalidade.