| Resumo: | O presente estudo tem como objetivo investigar de que forma pode o Educador de Infância (EI) potenciar a Intervenção Precoce na Infância (IPI) numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, junto das crianças prematuras com alterações, ou em risco de apresentarem alterações no seu desenvolvimento. Como alavanca, utilizou-se uma investigação de natureza qualitativa/interpretativa. Para a recolha de dados procedeu-se à entrevista semiestruturada com questões abertas. Entrevistaram-se oito enfermeiras que exercem funções numa UCIN, num hospital do Norte, e têm experiência com bebés de risco que possam apresentar alterações desenvolvimentais e de serem encaminhados para a IPI. Com a informação obtida realizou-se a análise de conteúdo de forma a responder aos questionamentos investigativos e alcançar os objetivos delineados. Esta análise permitiu-nos obter algumas conclusões, das quais salientamos a indagação acerca da prematuridade e de como esta altera o desenvolvimento normal dos bebés. Como consequência, os bebés apresentam, na sua maioria, alterações que elevam a necessidade de recorrer à intervenção precoce. Concluímos que existe a consciência da necessidade de formação e aprofundamento de conhecimento relativamente ao SNIPI, por parte dos profissionais da UCIN. Este conhecimento viria a enriquecer todo o trabalho existente baseado em práticas centradas no bebé e na família. Potenciamos a importância do papel do educador de infância como mediador de caso, na referência desses bebés para a IPI, bem como, no apoio às famílias esclarecendo-as acerca dos recursos existentes. No entanto, para que possa desempenhar este papel na sua plenitude, cabe ao educador de infância delinear e definir estratégias de ação que lhe permitam intervir junto dos bebés e das suas famílias, ainda durante a estadia na UCIN. Palavra-chave: Prematuridade; Intervenção Precoce em Neonatologia; Equipa Multidisciplinar e Educador de Infância no hospital
|
|---|