Ensaios para cultivo de amêijoa-macha Venerupis corrugata (Gmelin, 1791) e amêijoa-cão Polititapes aureus (Gmelin, 1791) em aquacultura

A amêijoa-macha Venerupis corrugata (Gmelin, 1791) é uma espécie consumida e produzida em cativeiro, em Portugal e Espanha. A amêijoa-cão Polititapes aureus (Gmelin, 1791) é uma espécie críptica, menos apreciada, com poucos conhecimentos à sua biologia e cultivo. O presente trabalho reporta um estág...

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Bibliographic Details
Main Author: Costa, Diogo Pilré da (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.8/3265
Country:Portugal
Oai:oai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/3265
Description
Summary:A amêijoa-macha Venerupis corrugata (Gmelin, 1791) é uma espécie consumida e produzida em cativeiro, em Portugal e Espanha. A amêijoa-cão Polititapes aureus (Gmelin, 1791) é uma espécie críptica, menos apreciada, com poucos conhecimentos à sua biologia e cultivo. O presente trabalho reporta um estágio curricular desenvolvido no CIMA – Centro de Cultivos Marinhos de Ribadeo (Galiza, Espanha), onde foi avaliado o potencial de cultivo larvar, pós-larvar, de semente e juvenil de P. aureus em cativeiro. Para tal, fez-se o estudo comparado das características biométricas e índices de condição de reprodutores, da caracterização temporal do desenvolvimento das várias fases larvares, da densidade e sobrevivência larvar e pós-larvar, bem como do crescimento das amêijoas V. corrugata e P. aureus. A reprodução das amêijoas ocorreu de forma espontânea na chegada ao CIMA. O desenvolvimento larvar foi realizado em tanques cilindrocónicos de 500 L, à temperatura ambiente (17 ± 3 ºC), com um arejamento de baixa intensidade e uma densidade aproximada de 5 indivíduos por mililitro. O tempo decorrido até ao recrutamento bentónico das larvas foi menor para V. corrugata do que para P. aureus (15 e 18 dias, respetivamente). O mesmo se verificou até para o estádio de semente (27 e 30 dias, respetivamente). Ainda que, ambas as espécies demorassem o mesmo tempo até serem considerados como juvenis (55 dias). Relativamente ao crescimento individual, P. aureus apresentou uma taxa de crescimento final superior (24,13 μm dia-1) a V. corrugata (22,80 μm dia-1). Quanto às sobrevivências larvar e pós-larvar, verificaram-se proporções idênticas (superiores a 50%) para ambas as espécies. Os ensaios realizados demonstraram que P. aureus é uma amêijoa com potencial para a sua produção em aquacultura. Assim, o controlo do ciclo de vida destas espécies poderá permitir responder com uma produção contínua para a sua elevada procura de mercado, independentemente do estado dos seus stocks naturais, podendo mesmo vir a contribuir para o repovoamento dos mesmos, na eventualidade de ser necessário.