Fechar o ciclo: a água como componente arquitetónica

Se durante séculos a água foi o principal fator que ajudou a moldar cidades, na atualidade os centros urbanos enfrentam desafios considerados focos de preocupação globais como: o crescimento populacional que promove o fenómeno de rápida urbanização; alterações climáticas que originam fenómenos de pr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rodrigues, Ana Catarina Costa (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/21905
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/21905
Description
Summary:Se durante séculos a água foi o principal fator que ajudou a moldar cidades, na atualidade os centros urbanos enfrentam desafios considerados focos de preocupação globais como: o crescimento populacional que promove o fenómeno de rápida urbanização; alterações climáticas que originam fenómenos de precipitação extrema em oposição a secas severas; e infraestruturas de água precárias e antigas. Para a mitigação da problemática da água nas cidades, as soluções devem garantir a disponibilidade de recursos hídricos, a gestão integral do ciclo hidrológico natural, bem como a adoção de medidas holísticas, inclusivas e resilientes que transformem as cidades em comunidades seguras e sustentáveis promovendo uma prosperidade social, ambiental e económica. Assim, uma cidade sensível à água deve incluir fontes de água alternativas para diversos usos a várias escalas e sistemas descentralizados, onde a captação, armazenamento e o tratamento da água são realizados “in situ”. Sendo a água um dos fatores essenciais para a paisagem urbana, devem ser projetadas infraestruturas que permitam à cidade e à comunidade adaptarse e co-habitar com as oscilações da presença da água. Neste ensaio teórico-prático são exploradas e integradas em projeto urbano e arquitetónico estratégias holísticas e sistemas de recolha, armazenamento e reaproveitamento de água que contribuem para a mitigação das alterações climáticas, de modo a projetar um complexo autossuficiente a nível hídrico.