Prevalência de lesões músculo-esqueléticas em trabalhadores de instituições de apoio a idosos

Enquadramento: As Lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMERT) são um importante problema entre os trabalhadores de instituições de apoio a idosos, devido à exposição elevada e continuada a esforços físicos, estando estes muitas vezes relacionados com a escassez de meios técnicos,...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cardoso, Marlene de Jesus (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/4750
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4750
Descrição
Resumo:Enquadramento: As Lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMERT) são um importante problema entre os trabalhadores de instituições de apoio a idosos, devido à exposição elevada e continuada a esforços físicos, estando estes muitas vezes relacionados com a escassez de meios técnicos, humanos e outros fatores. Objetivos: Identificar a prevalência das LMERT em trabalhadores de instituições de apoio a idosos e determinar correlações entre essas lesões e as variáveis sociodemográficas, clínicas e contextuais. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo e analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 79 trabalhadoras de instituições de apoio a idosos – Lares de Terceira Idade (78.5%) e Centros de Dia (21.5%) do Concelho de Penalva do Castelo. O instrumento de recolha de dados utilizado foi um questionário que integrava questões de caracterização, sociodemográfica, caracterização do estado de saúde e da atividade de trabalho, e ainda o Questionário Nórdico Músculo-Esquelético (Kuorinka et al., 1987). Resultados: Trata-se de uma amostra constituída por 79 mulheres, com idades que oscilam entre os 21 e os 62 anos, com uma média de 41.27 anos±11.096. Destas, 78.5% trabalham em Lares de Terceira Idade e 21.5% em Centro de Dia. Constatou-se que 40,3% das trabalhadoras dos Lares de Idosos apresenta LMERT, bem como 58,8% das que exercem em Centros de Dia. As funcionárias que apresentavam níveis mais elevados de LMERT eram as que trabalhavam em Centros de Dia, as que possuíam mais idade (punhos/mãos p= 0.047), com IMC mais elevado (ancas/coxas p=0.024; joelhos p=0.035; tornozelos/pés p=0,008) as que praticam menos atividade física (joelhos p=0.007; tornozelos/pés p=0.044), as que possuíam mais patologias (pescoço p=0.024; cotovelos p=0.002; ancas/coxas p=0.001; joelhos p=0.004; tornozelos/pés p=0.010) e tomavam mais medicação (ombros p=0.026; ancas/coxas p=0.021). Conclusões: Este estudo reforça a ideia de que as LMERT estão presentes num grupo significativo de trabalhadoras de instituições de apoio a idosos. Neste sentido, é imperativo que os enfermeiros, sobretudo os especialistas em reabilitação desenvolvam programas de exercícios ajustados, de modo a preparar os grupos musculares para as ações de trabalho desenvolvidas, aumentar a circulação sanguínea, melhorar a oxigenação cerebral e fomentar pausas no trabalho numa perspetiva preventiva. Palavras-chave: Lesões músculo-esqueléticas; Trabalhadores de instituições de apoio a idosos.