Summary: | A capacidade de comunicar é essencial ao Homem. Desde sempre ele sentiu essa necessidade, expressando-se oralmente, gestualmente ou através da escrita. Esta última evolui das imagens ou gravuras até à escrita dos nossos dias. Mas escrever não é um ato de juntar letras ou palavras. Fazer-nos compreender aos outros, explicar ou contar algo exige de nós uma capacidade de preparar e ordenar esse pensamento antes de o redigir. Sempre foi importante a produção de textos escritos na escola, mas a mesma foi sempre dirigida para o produto final e não para o processo. O presente estudo pretende demonstrar o impacto que o aperfeiçoamento dos processos de escrito, baseados nos modelos de Flower & Hayes (1989) e Barbeiro (1999), quando aplicado através de uma estratégia de sistematização dos processos de escrita nos alunos lhes trarão vantagens a nível da capacidade de escrita e, consequentemente, no produto final. A metodologia usada, seguindo a investigação-ação, pressupôs a realização de um pré-teste a duas turmas similares do 5.º ano, uma a turma controlo e outra a turma experimental. A turma experimental trabalhou tarefas de escrita com vista a desenvolver e sistematizar o processo de escrita. No final realizou-se o pós-teste para averiguar a evolução das duas turmas e, em particular, da turma experimental. O estudo conclui que a sistematização dos processos de escrita eleva a capacidade do aluno em produzir textos escritos, desenvolvendo estratégias que o ajudam a combater os problemas. A evolução dos alunos que utilizam esta estratégia, os da turma experimental, é superior aos dos alunos da turma controlo.
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