Recovery doesn’t get a day off: um contributo para a compreensão das estratégias de recuperação em tripulantes de ambulância

É intuitivo assumir que os indivíduos precisam de descansar após um dia de trabalho. Sendo cada vez mais confrontados com todo o tipo de exigências laborais e, consequentemente, sentimentos de fadiga e exaustão, é crucial que sejam dadas oportunidades de descanso aos trabalhadores para que os seus r...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Restolho, Ana Catarina Costa (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/20170
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20170
Descrição
Resumo:É intuitivo assumir que os indivíduos precisam de descansar após um dia de trabalho. Sendo cada vez mais confrontados com todo o tipo de exigências laborais e, consequentemente, sentimentos de fadiga e exaustão, é crucial que sejam dadas oportunidades de descanso aos trabalhadores para que os seus recursos possam ser restabelecidos, ao que Zijlstra e Sonnentag (2006) apelidaram como sendo um processo de recuperação. Neste contexto, o presente estudo procura analisar os antecedentes (através do Modelo JD-R) e a perspetiva processual da recuperação (incluindo atividades e experiências) entre 22 tripulantes de ambulância, por meio da realização de entrevistas semiestruturadas. Para a análise de conteúdo das entrevistas, foi utilizado o software MaxQDA2018, fazendo uso de um sistema de categorias que combina uma abordagem indutiva e dedutiva na definição do mesmo. De um modo geral, as estratégias de recuperação relatadas vão ao encontro da literatura referenciada (Sonnentag, 2001), embora as atividades físicas, o afastamento psicológico e os relatos de sono registem resultados mais díspares entre os participantes. No âmbito das características do trabalho, são predominantemente referenciadas exigências emocionais e/ou psicológicas associadas, maioritariamente, a ocorrências que envolvem crianças. O suporte dos colegas, a motivação intrínseca, a empatia e a competência de relação com as vítimas surgem, por sua vez, como os principais recursos utilizados pelos participantes. É igualmente identificado, numa fase final, um conjunto de sugestões de mudança e melhoria facejando as dificuldades e exigências da atividade associadas, sobretudo, ao desenvolvimento de programas de formação e sistemas de apoio à saúde mental, bem como à criação de eventos que fomentem o trabalho em equipa.