Infeção VIH e SIDA: a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2016

Relatório anual referente à Infeção VIH e SIDA, elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do Departamento de Doenças Infeciosas deste Instituto, em colaboração com o Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose da Direção-Geral da Saúde. Este relatório reúne inform...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Departamento de Doenças Infeciosas. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (author)
Outros Autores: Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose. Direção-Geral da Saúde (colab.) (author)
Formato: report
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.18/4846
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.insa.pt:10400.18/4846
Descrição
Resumo:Relatório anual referente à Infeção VIH e SIDA, elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do Departamento de Doenças Infeciosas deste Instituto, em colaboração com o Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose da Direção-Geral da Saúde. Este relatório reúne informação epidemiológica relativa à caracterização da situação em Portugal em 2016, tendo por base o sistema de notificação de casos de infeção VIH e SIDA, que é obrigatória em Portugal desde 2005. Do presente relatório destaca-se o seguinte: - De acordo com as notificações recebidas até 30 de junho do corrente ano, em 2016 foram diagnosticados 1030 novos casos de infeção por VIH em Portugal; - Os novos diagnósticos ocorreram maioritariamente (99,7%) em indivíduos com idade ≥15 anos, 51,2% dos quais residentes na Área Metropolitana de Lisboa. A maioria (71,5%) registou-se em homens, a idade mediana ao diagnóstico foi 39,0 anos, a maior taxa de novos diagnósticos (26,1 casos/105 habitantes) observou-se no grupo etário 25-29 anos. Portugal foi referido como país natal em 68,4% dos casos. À data do diagnóstico da infeção 17,7% dos casos apresentavam patologia indicadora de SIDA e os valores das contagens iniciais de CD4 revelaram que em 55,0% dos novos casos o diagnóstico foi tardio. Em 96,8% dos casos a transmissão ocorreu por via sexual, com 59,6% a referirem contacto heterossexual. Os casos de homens que tiveram relações sexuais com homens (HSH) corresponderam a 49,9% dos casos diagnosticados de sexo masculino e apresentaram uma idade mediana de 31,0 anos. As infeções associadas ao consumo de drogas injetadas constituíram 3,0% dos novos diagnósticos; - A análise das tendências temporais da epidemia nacional revela, desde 2008, uma descida consistente da taxa de novos diagnósticos, embora o país continue a apresentar uma das taxas mais elevadas da União Europeia. As tendências recentes revelam um aumento da proporção de casos do sexo masculino, bem como da idade mediana ao diagnóstico, excetuam-se os casos de HSH, que ocorrem com maior frequência em jovens. Verifica-se ainda uma elevada percentagem de diagnósticos tardios, particularmente em heterossexuais; - Encontram-se registados cumulativamente 56.001 casos de infeção por VIH, dos quais 21614 casos de SIDA, em que o diagnóstico aconteceu entre 1983 e final de 2016 e 11020 óbitos em casos de infeção por VIH, ocorridos no mesmo período.