De ‘Bouffée Délirante’ a Perturbação Psicótica Aguda e Transitória: Revisitação do Conceito a propósito de um caso clínico

Introdução: Desde o Séc. XIX que têm sido descritos quadros psicóticos de início súbito e duração limitada. Tendo sido a ‘Bouffée Délirante’ o primeiro quadro a ser descrito, ao longo da história da Psiquiatria várias foram as entidades nosológicas que, entretanto, surgiram nas diferentes escolas: P...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ribeiro, Joana Silva (author)
Outros Autores: Oliveira, Pedro Santos (author), Santos, Adriana Pestana (author), Silva, Tânia (author), Madeira, Nuno (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:https://doi.org/10.25752/psi.10564
País:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10564
Descrição
Resumo:Introdução: Desde o Séc. XIX que têm sido descritos quadros psicóticos de início súbito e duração limitada. Tendo sido a ‘Bouffée Délirante’ o primeiro quadro a ser descrito, ao longo da história da Psiquiatria várias foram as entidades nosológicas que, entretanto, surgiram nas diferentes escolas: Psicose Ciclóide, Psicose Psicogénica, Psicose Atípica, entre outros. Objetivos: Neste artigo, a propósito de um caso clínico, os autores propõem-se realizar uma revisão dos conceitos históricos das Perturbações Psicóticas Agudas e Transitórias. Métodos: Descrição de um caso clínico e revisão da literatura. Resultados: Caso clínico de um doente de 44 anos com quadro psicótico de início agudo e curta duração, com remissão completa em três dias e retorno ao seu nível de funcionamento habitual. Discussão/Conclusão: Apesar das divergências entre as diferentes concepções teóricas que se mantiveram durante décadas como entidades independentes, actualmente, esses conceitos encontram-se reunidos na 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) sob a denominação de Perturbações Psicóticas Agudas e Transitórias. Embora estas classificações não incluam todas as características clínicas inicialmente descritas, procurando o estabelecimento de critérios diagnósticos mais específicos, existe ainda uma percentagem significativa de doentes nos quais o diagnóstico é revisto para uma doença mental crónica.