Summary: | O setor das rochas ornamentais e de revestimento constitui-se como fundamental para o setor da construção civil, razão pela qual se apresenta como uma das principais commodities transacionadas a nível internacional. De acordo com dados recentes, o Brasil é, atualmente, o quarto maior produtor e o quinto maior exportador mundial de rochas ornamentais e de revestimento. Considerando este contexto, há uma questão que se coloca: que fatores e vantagens competitivas apresentam as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento? Considerando o período de 2004 a 2015, o objetivo fundamental deste trabalho é analisar a competitividade das exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento. Pretende-se verificar se o país apresenta Vantagens Comparativas Reveladas nas exportações das sete principais rochas ornamentais e de revestimento, bem como analisar se as exportações dessas commodities estão a ser orientadas para alguns mercados consumidores e identificar as principais fontes de crescimento destas exportações para o período de 2004 a 2015. Neste trabalho adotou-se como metodologia, o cálculo e análise de três indicadores de comércio internacional: Índice de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR), Índice de Orientação Regional (IOR) e o modelo Constant Market Share (CMS). As bases de dados de referência para a realização do estudo foram: The United Nations Commodity Trade Statistics Database (UN COMTRADE), que disponibilizam dados de exportações com frete Free on Board (FOB) e importações com Cost, Insurance and Freight (CIF). Os resultados indicam que, para o período em análise, e para as categorias de rochas consideradas, existem VCR para todas elas exceto para as exportações de Mármore. No que se refere ao IOR, na análise das commodities de forma agregada, os resultados indicam que as exportações brasileiras de rochas estão direcionadas principalmente para a América do Norte, Itália e Taiwan. No que se refere às fontes de crescimento, tanto no primeiro subperíodo, 2004 a 2007, como no segundo, 2008 a 2011, o efeito Crescimento do Comércio Mundial foi o que mais contribuiu para as exportações na análise agregada, e, no terceiro subperíodo, 2012 a 2015, o efeito Destino das Exportações foi preponderante, associado ao efeito Competitividade que apresentou, pela primeira vez, um resultado positivo.
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