Resumo: | Atualmente, a interface cimento-osso é um dos assuntos com mais investigação na área da biomecânica. Apesar de existirem alguns estudos, pouco se sabe ainda sobre os fenómenos que acontecem a nível microscópico. Estudos experimentais e numéricos feitos anteriormente verificaram que é nesta interface que ocorrem as maiores deformações quando sujeitas a forças de compressão e tração. Assim, este estudo teve como objetivo estudar o comportamento da interface osso-cimento, numérica e experimentalmente, quando sujeita a ensaios equivalentes aos esforços que atuam a nível da anca. De forma a avaliar a influência da densidade de osso esponjoso e dos diferentes níveis de penetração de cimento no osso, foram desenvolvidos modelos numéricos e experimentais de forma a realizar os ensaios. Verificou-se experimentalmente que quanto maior é a densidade do osso, maior é a resistência da interface cimento-osso, ou seja, a resistência desta interface é dependente do osso e não do cimento. Numericamente conclui-se que para penetrações de cimentos mais elevadas, menores são as tensões e as deformações na interface. Por último, realizaram-se micro-Cts a duas das amostras resultantes dos ensaios de forma a calcular o volume de osso esponjoso removido durante os ensaios de tração e os níveis de penetração, no entanto este último objetivo não foi atingido.
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