Summary: | Nos últimos anos, com a contenção das guerras interestatais convencionais, a emergência de novas ameaças transnacionais e a informatização da vida moderna têm conduzido a sociedade a um diferente paradigma civilizacional, onde as ameaças híbridas surgem como um dos principais desafios securitários e militares, que exige uma resposta cooperativa e integrada de toda a sociedade. Neste contexto, o objetivo desta investigação consiste em propor linhas de ação para o combate às ameaças híbridas, ao nível das Forças Armadas Portuguesas e encontra-se alicerçado em três objetivos específicos, que passam por analisar: o papel do Instrumento de Poder Militar; as linhas de orientação Estratégicas da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte; e as capacidades das Forças Armadas para o combate às ameaças híbridas. Adotou-se uma investigação baseada num raciocínio indutivo, apoiada numa estratégia de investigação qualitativa e num desenho de pesquisa de estudo de caso. Como técnicas de recolha de dados, recorreu-se à análise documental e a entrevistas semiestruturadas. Como principais resultados, releva-se a proposta de doze linhas de ação que visam constituir-se como os elementos orientadores para o processo de alinhamento de uma estratégia futura, e um contributo para a clareza conceptual e compreensão das ameaças híbridas.
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