Violência escolar – bullying: práticas de intervenção com jovens em risco

Os comportamentos de bullying não se assumem como um fenómeno novo, e têm sido alvo de uma crescente atenção em diversos países. A novidade refere-se à crescente sensibilização de que esses comportamentos comportam sérias consequências para os alunos envolvidos, para os seus colegas e par...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Seixas, Sónia Raquel Pereira Malta Marruaz (author)
Format: conferenceObject
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.15/3403
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipsantarem.pt:10400.15/3403
Description
Summary:Os comportamentos de bullying não se assumem como um fenómeno novo, e têm sido alvo de uma crescente atenção em diversos países. A novidade refere-se à crescente sensibilização de que esses comportamentos comportam sérias consequências para os alunos envolvidos, para os seus colegas e para a escola, uma vez que afectam um importante número de alunos. Um conjunto substancial de pesquisas internacionais têm suportado esta preocupação, nomeadamente ao relacionarem o envolvimento em comportamentos de bullying e problemas de saúde. Seguindo a concepção de saúde defendida pela Organização Mundial de Saúde (O.M.S.), que se focaliza nos domínios físico, mental e social do sujeito, apresentamos neste trabalho alguns resultados de uma pesquisa relativamente à relação estabelecida entre comportamentos de bullying e alguns comportamentos de saúde. Os dados foram recolhidos tendo por base uma amostra aleatória, tendo-se utilizado o questionário da O.M.S. intitulado Health Behaviours in School-aged Children (HBSC), para avaliar, entre outros, sintomas físicos, psicológicos e consumo de substâncias, a Escala de auto-conceito para adolescentes de Susan Harter, para avaliar a auto-estima, um questionário de nomeação dos colegas, para identificar os alunos envolvidos em comportamentos de bullying, e um questionário sociométrico, para avaliar o estatuto social dos alunos (popular, mediano, negligenciado, rejeitado e controverso). Um total de 581 adolescentes foram identificados como agressores, vítimas, vítimas-agressivas e não envolvidos em comportamentos de bullying, tendo por base o questionário de nomeação dos colegas. Os resultados demonstram uma relação entre estes quatro grupos de alunos e alguns comportamentos de saúde, evidenciando-se um perfil distinto para cada.