A aprendizagem da língua portuguesa e a sua importância para a integração e bem-estar das pessoas refugiadas em Portugal

As migrações forçadas são um tema cada vez mais atual, onde inúmeras pessoas fogem do seu país à procura de asilo (Vieira et al., 2017). Para uma melhor integração e adaptação transcultural, são fundamentais as políticas de acolhimento (Khoury, 2019). Este estudo debruçar-se-á sobre uma delas, nomea...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Araújo, Ana Cristina Barbosa (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/39255
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/39255
Description
Summary:As migrações forçadas são um tema cada vez mais atual, onde inúmeras pessoas fogem do seu país à procura de asilo (Vieira et al., 2017). Para uma melhor integração e adaptação transcultural, são fundamentais as políticas de acolhimento (Khoury, 2019). Este estudo debruçar-se-á sobre uma delas, nomeadamente a aprendizagem da língua do país anfitrião, tendo como objetivo principal compreender e explorar a importância da aprendizagem da língua do país de acolhimento no processo de integração e bem-estar psicológico das pessoas refugiadas. A abordagem qualitativa, permitiu analisar 173 relatórios de memórias de visitas, redigidos pelos voluntários que acompanhavam três famílias refugiadas no âmbito do programa de voluntariado ‘MEERU Aproxima’. Os resultados são reveladores da importância da aprendizagem da língua portuguesa no processo de integração e bem-estar psicológico das pessoas refugiadas em Portugal. No entanto, observaram-se a existência de obstáculos na aprendizagem e por conseguinte, consequências em diversas dimensões no quotidiano dos refugiados, desde o acesso ao mercado de trabalho, à educação, saúde, na comunicação, até ao tratamento de burocracias. O uso de ferramentas de tradução e tecnologias surgem como formas de suprimir as dificuldades de interação. Surgem, inclusive, fatores que incentivam a aprendizagem da língua nos refugiados, que auxiliam num posterior bem-estar psicológico, assim como a existência de uma integração mútua entre a população refugiada e local.