Resumo: | Esta dissertação surge da proposta apresentada pelo Museu de História Na tural do Funchal, (MHNF) de projetar um sistema hídrico que respeitasse e es timulasse o ciclo natural da água. Esse projeto teria como cenário de imple mentação o jardim das ervas aromáticas propriedade adjacente e integrante do referido Museu. Realizar esta dissertação envolveu uma equipa e aplicação de conhecimen tos interdisciplinares no âmbito da engenharia, botânica, agronomia lidera dos pelo Design. A complexidade do tema, permitiu-nos por um lado tentar perceber a rela ção entre os espaços e jardins públicos, a sua evolução e desenvolvimento, assim como a relação destes espaços com lugares de cultura. Para elabora ção do projeto centramo-nos na metodologia Human Centered Design (HCD), suportada simultaneamente em alguns parâmetros de Design Thinking e no método de criação duplo diamante. Estas metodologias de Design foram de terminantes para poder estabelecer as pontes necessárias entre as várias disciplinas envolvidas no projeto, fundamentais nas soluções técnicas do mesmo, mas sobretudo para estabelecer uma ligação e sentido de identida de entre o espaço, a natureza e a comunidade. Nesta dissertação verificámos como o design de espaços se torna uma fer ramenta para a humanização dos lugares, criando mais-valias para o envol vimento das pessoas com os espaços urbanos e para o desenvolvimento de relações sociais neste ambiente. No projeto todas as opções técnicas e botâ nicas tentam trazer para o espaço museológico uma verificação da paisagem natural que caracteriza a ilha da Madeira, privilegiando a contemplação, o co nhecimento e o favorecimento de sistemas simples de irrigação e aproveita mento das águas pluviais que se bem direcionadas e filtradas naturalmente, reconstituem o ciclo natural da água, como um exemplo paradigmático de aplicação para outros espaços verdes das cidades. Espera-se que esta dissertação contribua para demonstrar como o Design dos Espaços pode ser uma área do Design que consegue interligar áreas dis ciplinares distintas a trabalhar para um bem comum, criando sistemas de diálogo entre elas e a comunidade que servem, privilegiando vias tão natu ralmente comunicantes como a Natureza, o bem estar e o equilíbrio entre o património edificado e o meio-ambiente, especialmente em espaços urba nos.
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