A língua do «pas compris»

Os militares portugueses enviados para as trincheiras da Grande Guerra, pedaços vivos do Portugal rural do princípio do século XX, eram na sua maioria homens analfabetos ou com escassa instrução. A actuação militar em território estrangeiro e inserida num contexto que obrigava à comunicação com trop...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Ivo Rafael (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.22/8367
País:Portugal
Oai:oai:recipp.ipp.pt:10400.22/8367
Descrição
Resumo:Os militares portugueses enviados para as trincheiras da Grande Guerra, pedaços vivos do Portugal rural do princípio do século XX, eram na sua maioria homens analfabetos ou com escassa instrução. A actuação militar em território estrangeiro e inserida num contexto que obrigava à comunicação com tropas de outros países, propiciava o estabelecimento de pontes comunicativas que passavam invariavelmente pela transposição linguística. Todavia, a forma improvisada, inventiva e/ou criativa como os portugueses se expressavam ante soldados e civis franceses, ainda que errónea e por vezes confusa à luz da gramática oficial, não constituiu por si só um obstáculo ao entendimento e à compreensão.