Um olhar de esperança atrás das grades

O presente relatório de estágio enquadra-se no trabalho final a ser apresentado para a conclusão do Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social, do Instituto do Politécnico de Leiria. O estágio foi realizado no Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), sendo a sua temática assente em...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Santos, Catarina (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.8/4941
País:Portugal
Oai:oai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/4941
Descrição
Resumo:O presente relatório de estágio enquadra-se no trabalho final a ser apresentado para a conclusão do Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social, do Instituto do Politécnico de Leiria. O estágio foi realizado no Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), sendo a sua temática assente em jovens preventivos e condenados cujo objetivo é essencialmente pedagógico e ressocializador. Sendo um período de aprendizagem, o estágio possibilitou o contato direto com o contexto profissional, o emprego dos conhecimentos alcançados durante a formação académica e estimulou a reflexão sobre a prática desenvolvida. Deste modo, o relatório apresenta o trabalho desenvolvido na área da Mediação Intercultural e Intervenção Social, ao mesmo tempo que, faz um paralelismo com a literatura, de modo a contextualizar o estágio. Existe a necessidade de perceber quais os motivos que levaram estes jovens a abandonar o ensino dentro do estabelecimento prisional, bem como as suas histórias passadas e também perceber toda a dinâmica desta prisão. Idealizar o ambiente prisional não é seguramente o mesmo que ter contacto com a instituição. A ideia de prisão não passa apenas pelo espaço fechado, mas também pelo local frio, temeroso, degradante, onde se aprimora o crime e onde existe um código de ética por parte de reclusos. As prisões são muitas vezes apelidadas de “escolas de crime”. Assim, a aproximação à realidade do meio prisional, onde concretamente decorreu o estágio, fez-se por um caminho marcado pelos avanços e retrocessos, bem como receios. Deste modo e numa atitude perscrutante, tentou-se sempre compreender os limites e as possibilidades do lugar da instigadora. A adaptação e integração aos espaços e tempos particulares do estabelecimento prisional exigiram uma construção de confiança dos técnicos, dos guardas prisionais e, acima de tudo, dos reclusos.