Resumo: | O Futebol, com toda a sua envolvente, tornou-se em muito mais que apenas um desporto, sendo considerado por muitos, como uma indústria, altamente complexa, que envolve vários componentes, sociais, económicos, sectoriais, entre outros. Inseridos num contexto macroeconómico de crise económica mundial, os clubes de futebol deveriam seguir politicas económico-desportivas que os conduzissem a resultados sustentáveis. Apesar deste facto, os clubes futebol apostam em políticas baseadas no conhecimento empírico em que, melhores performances desportivas conduzem a uma melhor performance financeira. Estas políticas envolvem elevados investimentos financeiros que comprometem a sustentabilidade dos clubes. Sendo necessário perceber a existência da correlação entre a performance financeira e desportiva dos clubes de futebol, este trabalho tem como objetivo contribuir para um melhor conhecimento da relação existente entre estas duas variáveis, verificar quais as condicionantes que mais contribuem para a sua performance e quais os resultados derivantes desta correlação no futebol português. O estudo aplica a metodologia de correlação de Spearman para mostrar a relação entre os indicadores económicos e financeiros retirados do relatório de contas dos três grandes clubes de futebol em Portugal, comparando-as com as suas performances desportivas durante as épocas desportivas de 2007-2015. Conclui-se a existência de uma forte correlação positiva, entre a performance financeira e desportiva no Benfica e no Porto, não existindo no Sporting. O estudo permitiu ainda verificar, através da consolidação de dados dos clubes, a existência da mesma correlação, podendo esta servir de ponto de partida, para outro estudo que pretenda verificar a existência desta correlação no futebol português.
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