Caraterização dos utentes da consulta multidisciplinar de pediatria/diabetes do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro – CHTMAD, EPE

A diabetes mellitus tipo 1 (DM1), é uma doença crónica, e a mais frequente em crianças e adolescentes. Esta condição carateriza-se pela destruição autoimune das células b pancreáticas, que deixam de produzir insulina. O tratamento da DM1 envolve a gestão diária de três eixos fundamentais: a administ...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Mota, Daniela Monteiro Ferraz (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.14/32987
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/32987
Descrição
Resumo:A diabetes mellitus tipo 1 (DM1), é uma doença crónica, e a mais frequente em crianças e adolescentes. Esta condição carateriza-se pela destruição autoimune das células b pancreáticas, que deixam de produzir insulina. O tratamento da DM1 envolve a gestão diária de três eixos fundamentais: a administração de insulina, a alimentação e a atividade física. Para que a criança/jovem se sinta bem e segura é fundamental que siga a terapêutica instituída. O tratamento da diabetes tem sofrido grandes avanços ao longo do tempo, permitindo novas formas de tratamento, que perpetuam a otimização do controlo metabólico. No entanto, outros são os fatores associados que podem interferir na gestão e qualidade de vida da criança/adolescente diabética, como é o caso da comunidade escolar, família e fatores psicossociais. O atual projeto de investigação, teve como objetivo geral caraterizar os doentes com DM1 da Consulta Multidisciplinar de Pediatria/Diabetes do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro – CHTMAD, EPE. Pretendeu-se descrever os doentes desta consulta relativamente à história da doença e controlo da mesma, incluindo a descrição sociodemográfica, estilos de vida e literacia em saúde, na tentativa de identificar fatores facilitadores de um melhor controlo da doença, além dos clínicos. Um dos aspetos que se tentou explorar foi a integração dos doentes na escola, tendo em vista a identificação de eventuais necessidades de formação dos profissionais das escolas onde estas crianças/adolescentes estão inseridas. As crianças/adolescentes do presente estudo demonstraram ter hábitos salutogénicos, novas formas de tratamentos instituídas e, apesar de grande parte se sentir bem e segura relativamente à DM1, a verdade é que existem ainda situações de tristeza, revolta e insegurança. Verificou-se ainda que, a comunidade escolar onde estas crianças/adolescentes estão inseridas, não se encontra devidamente informada sobre a doença, não existindo também um total conhecimento, deste público, face aos aparelhos de controlo e terapêutica da DM1, como o método da contagem de hidratos de carbono. É urgente reforçar a formação à comunidade escolar, aumentando a literacia nesta doença, para que a criança/adolescente se possa sentir integrada e segura. É também importante a realização de mais estudos em outras zonas geográficas, de forma a se perceber de forma mais holística a realidade vivida em diferentes instituições.