Summary: | A literatura de potencial recepção infantil contemporânea tem vindo a sobressair pela pluralidade de forma(tos) verbo-icónicos e grácos dos objectos que a compõem. Com efeito, a exploração das possibilidades estéticas, muitas claramente experimentais, que este universo criativo tem proporcionado resulta na publicação de volumes que se distanciam do modelo tradicional do livro. Começa a ser cada vez mais frequente a edição de livros pop-up, livros pull-the-tab, livros-túnel, livros-escultura ou livros-jogo, por exemplo. Esta tendência, coincidente com a composição de livros-objectos, tem motivado a própria re exão teórica (por exemplo, na tentativa de claricação de conceitos e de estipulação de tipologias). O presente estudo, seguindo a linha investigativa sugerida, centra-se no livro-jogo e tem como objectivo equacionar a proximidade deste objecto do habitual gesto/acção lúdica de jogar e/ou do próprio jogo, bem como do texto narrativo, enquanto modo literário seminal, que se distingue por uma série de singularidades compositivas, conteudísticas e do âmbito da expressão.
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