Resumo: | Este trabalho consistiu na sua grande parte no estudo do caso de obra da trincheira executada entre as Estações Avenida de França (posteriormente designada “Casa da Música”) e Carolina Michaelis da linha C do Metro do Porto, do qual existiam resultados de ensaios in situ e de laboratório, bem como de instrumentação instalada durante a execução da obra. Assim, após uma breve exposição dos principais conceitos relacionados com as estruturas de suporte flexíveis no Capítulo 1, procedeu-se à descrição do projecto e da apresentação dos resultados da instrumentação da obra o que constitui o Capítulo 2. No Capítulo 3 segue-se a apresentação dos ensaios de campo e de laboratório. A interpretação destes ensaios nos solos residuais do granito, com vista à determinação dos parâmetros geotécnicos necessários ao dimensionamento e ao estudo de novas soluções, é ainda revestida de inúmeras incertezas. Neste quadro procurou-se analisar as várias correlações existentes na bibliografia verificando quais as mais adequadas à obtenção desses parâmetros, nomeadamente calibrando algumas das relações já obtidas em solos residuais. No capítulo seguinte apresenta-se a modelação numérica da escavação com o objectivo de compreender melhor o comportamento das estruturas de contenção nos solos residuais do granito. Simultaneamente, essa análise permitiu aferir os parâmetros geotécnicos obtidos no capítulo anterior através da retro-análise dos deslocamentos da cortina medidos durante a execução da obra através de monitorização adequada. Tendo-se analisado em detalhe o caso de estudo da Avenida de França, passou-se à avaliação genérica das cortinas monoapoiadas e autoportantes. O Capítulo 5 refere-se à nova versão do Eurocódigo 7 (EC7), tendo-se realizado vários estudos paramétricos com os quais se pretendeu avaliar as principais diferenças entre as várias metodologias preconizados pelo EC7 confrontando-as com os métodos clássicos de introdução da segurança. O caso da Avenida de França, pelas características do seu processo construtivo suscitou a ideia de que eventualmente adoptando um determinado faseamento para a obra, o dimensionamento da estrutura pudesse ser optimizado. Desta forma, apresenta-se no Capítulo 6, uma situação onde se verificou que essa optimização era possível.
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