Summary: | Muitas atividades humanas requerem energia elétrica que é, principalmente, produzida a partir de combustíveis fósseis, o que provoca um aumento da concentração de CO2na atmosfera. A maioria dos países europeus está dependente dos combustíveis fósseis para corresponder às necessidades energéticas. O elevado consumo europeu atingiu o seu pico em 2006 e, para a resolução deste problema, o conselho europeu criou a diretiva nº2006/32/CE permitindo estabelecer um conjunto de medidas para promover a eficiência energética e reduzir o seu excessivo consumo. No caso de Portugal, e mesmo a nível mundial, um dos maiores consumidores são as instalações industriais, sendo responsáveis por uma das maiores percentagens de consumos energéticos. Para monitorizar os consumos de energia e promover também a eficiência energética por parte das instalações consumidoras intensivas de energia, o governo português implementou, posteriormente, em2008 o Sistema de Gestão de Consumos Intensivos de energia (SGCIE), que é regulado atualmente pelo Decreto-Lei nº 68-A/2015. Este decreto de lei obriga todas as empresas não Pequenas Médias Empresas (PME) e instalações consumidoras intensivas de energia (CIE) que não eram abrangidas anteriormente pelo Decreto-Lei no 71/2008 a realizarem uma auditoria energética com uma periodicidade de 4 anos. Com a perspetiva de aplicar o Decreto-Lei nº 68-A/2015 realizou-se um trabalho no âmbito de estágio curricular na empresa Ecoinside, com o objetivo da realização de um estudo de medidas de racionalização de energia, como a respetiva análise de viabilidade económica. A auditoria foi realizada pela empresa, com base no Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), a uma indústria com consumos inferiores a 500 toneladas equivalentes de petróleo (tep). A empresa em estudo tem como produção primária a transformação de veículos comuns em veículos pré-hospitalares. Após analisar o caso de estudo, foi possível aplicar medidas que melhoraram a eficiência da instalação, reduziram as emissões de CO2 e a poupança de energia. É de referir que a instalação pode melhorar mais, uma vez que existem outros equipamentos com grandes consumos, tornando-se assim fulcral que haja o acompanhamento das medidas e que haja uma recolha de dados para a implementação de um novo Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARC).
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