Castigar a rir. O humor na imprensa periódica em Portugal (1797-1835)

Esta tese tem por objecto o impacto dos processos humorísticos na formação do Portugal contemporâneo, desde o início da utilização sistemática desses processos nos periódicos, com o Almocreve de Petas (1797-1800), até à publicação de O Quinquilheiro, em1835, no primeiro ano após a guerra civil. Atra...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, João Pedro Rosa (author)
Format: doctoralThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10362/43440
Country:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/43440
Description
Summary:Esta tese tem por objecto o impacto dos processos humorísticos na formação do Portugal contemporâneo, desde o início da utilização sistemática desses processos nos periódicos, com o Almocreve de Petas (1797-1800), até à publicação de O Quinquilheiro, em1835, no primeiro ano após a guerra civil. Através de uma investigação interdisciplinar, histórica, cultural e política, analisam-se as manifestações de humor periodístico e identificam-se os seus alvos, contextualizando-os no quadro político, social e cultural. Pensa-se o humor dos periódicos como problema: partindo da tensão face ao diferente, procura-se compreender o lugar do humor na cristalização e integração das diferenças e na descoberta da alteridade. Indaga-se o papel do humor na construção da opinião pública e na inserção de Portugal nos cruzamentos culturais no ocidente europeu da época, bem como o lugar da leitura e da edição no âmbito de processos globais de afirmação da cultura escrita e da circulação de periódicos no espaço europeu e transatlântico. Trabalha-se as fronteiras do humor, designadamente entre lícito e ilícito, mentira e verdade, sério e risível, oral e escrito. Pretendese compreender o lugar do humor no modo como se desenvolveu a comunicação impressa em Portugal no período de transição do Antigo Regime para o Estado liberal e também entender o peso das contradições que o humor revela, seja no plano social seja no político.