Summary: | Apesar de se reconhecer que a enfermagem pediátrica é hoje particularmente sensível ao envolvimento dos pais na prática de cuidados à criança hospitalizada, inúmeros estudos continuam a evidenciar que não se é desenvolvida com os mesmos uma parceria efetiva. Na procura de conhecermos nos enfermeiros de pediatria a forma como percecionam o processo de construção da parceria na prática de cuidados com os pais e identificar no contexto as ações praticadas, desenvolvemos um estudo de natureza qualitativa com uma abordagem da grounded theory sustentada no referencial teórico do interacionismo simbólico. Tomando como ponto de partida a questão: como é que os enfermeiros de pediatria descrevem a parceria e o que evidenciam nas suas práticas quotidianas, entrevistamos 12 enfermeiros da unidade de pediatria de um hospital do norte do país e efetuamos observação no contexto de ocorrência do fenómeno. O corpus de dados foi submetido a análise, através do recurso ao software Nvivo8. Os achados obtidos do discurso revelam que o trabalho em parceria com os pais está presente no “pensar “ dos enfermeiros. Porém, as observações efetuadas evidenciaram lacunas na contemplação de dimensões fundamentais ao desenvolvimento de uma parceria efetiva com os pais. Em síntese, os enfermeiros contemplam a parceria no pensar mas não no agir.
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