Summary: | A transposição para o direito interno do Regulamento 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho e consequente aplicação das Normas Internacionais de contabilidade às contas consolidadas das entidades com valores cotados na Euronext Lisboa implicou diversos ajustamentos às Demonstrações Financeiras e às rubricas que as constituem. O ano de 2005 foi ano de implementação do novo normativo, no entanto, uma vez que a IFRS 1 obriga as empresas a apresentar valores comparativos e a reportar as IAS/IFRS à data de 01/01/2004 é neste ano que se verificam os impactos e é nos ajustamentos feitos às contas de 2004 que o trabalho se vai centrar. Neste trabalho são analisadas as circunstâncias que estiveram na base da aprovação do Regulamento 1606/2002 e explica-se brevemente o teor do mesmo. Para além disso faz-se uma referência ao Decreto-Lei 35/2005 que vem definir qual a posição de Portugal face à opção admitida pelo Artº 5º do referido Regulamento. Relativamente ao normativo contabilístico nacional procura-se antever o que se perspectiva para o curto prazo. Para um melhor entendimento da extensão das alterações introduzidas pelo novo normativo, comparam-se as normas do IASB com o POC e DC. Esta comparação é feita tendo por base as IAS/IFRS que podem, de alguma forma, ter impacto nos activos não correntes. Finalmente, é desenvolvido um estudo de caso em que após se ter verificado que os activos não correntes sofreram uma alteração positiva de cerca de 1.429.247 milhares de euros, analisaram-se as contas das entidades e retiraram-se elações acerca dos impactos que a aplicação das normas têm em cada uma das rubricas que compõem esses activos. Finalmente efectua-se uma análise dos impactos que a adopção das normas internacionais teve em alguns indicadores financeiros. Por estar em vias de aprovação o SNC (Sistema de Normalização Contabilística), e apesar dos resultados deste trabalho não serem directamente extrapoláveis, eles podem ser indicativos dos impactos que a aplicação deste novo sistema pode induzir nas empresas portuguesas, se tivermos em atenção que é um sistema fortemente fundamentado nas normas do IASB.
|