Resumo: | A transição para a parentalidade exige profundas transformações e adaptações na vida dos Pais, suscetíveis de provocar desequilíbrio e vulnerabilidade nos próprios e ter implicações no desenvolvimento das crianças. Este estudo procurou compreender como se desenvolve a transição para o exercício da parentalidade durante o primeiro ano de vida da criança. Realizado com Grounded Theory; entrevistas semiestruturadas (total de 75 entrevistas), complementadas com observação, em cinco momentos distintos. Ser pai, ser mãe: um processo em construção na interação é a categoria central do modelo teórico explicativo encontrado, que representa a emergência de uma força que possibilita a transformação pessoal dos Pais, motivada para o cuidado da criança e a renovação de forças necessárias para a luta diária que representa a parentalidade. O estudo amplia a compreensão do fenómeno parentalidade e demonstra a necessidade de refletir sobre as intervenções na prática de cuidados de saúde primários.
|