Summary: | Os doentes com cancro ou outras doenças inflamatórias que implicam a eliminação de parte ou de todo o intestino grosso ficam impedidos, temporária ou permanentemente, do uso do esfíncter anal para a expulsão de resíduos corporais. Na fase pós-operatória com a necessidade do uso de um saco de recolha de dejetos, os doentes encontram dificuldades na operacionalização do seu uso, pois as fezes quando chegam ao estoma, tanto podem ser sólidas, líquidas ou gasosas, sendo que o corpo não envia sinais de e quando estão à boca do estoma. Este facto traz desconforto aos doentes, pois podem ficar apreensivos com o pensamento de que “… o saco está cheio! … cheira mal!” porque não têm controlo da situação. A nossa contribuição será encontrar uma forma tecnológica, com o recurso a sensores, que contribua para o bem-estar psicossocial do doente. Assim, propomos um dispositivo embebido com sensores, não invasivo, com um saco a ser colocado de forma fácil sobre o estoma, que estanque o seu contato com o exterior e que faculte as leituras da pressão (flatulência), da temperatura, quer corporal como à boca do estoma, da posição do indivíduo nos seus eixos cartesianos e da textura das fezes, na utilização de um sensor capacitivo. Este conjunto de monotorização em tempo real, serve para informar a pessoa, com recurso a alarmes sensoriais, visuais e informativos - na utilização de tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE), que pode ou deve tomar uma ação. Todos ao sensores foram validados “in vitro”, tentando aproximar à realidade do doente. Os resultados conseguidos evidenciam que é possível medir a pressão da flatulência, saber o estado posicional do doente, detetar se houve alteração da temperatura na boca do estoma e saber a consistência das fezes (havendo evidencia entre o que é mais sólido do que líquido). Pensamos, e é expectável, que com a introdução do sistema proposto, contribuímos para a socialização e conforto dos que vivem com esta doença.
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