Summary: | O debate e a prática do ensino superior têm sido transversalmente marcados por questões como o enfoque no e-learning, a aplicação de novas metodologias de ensino e aprendizagem, designadamente a aprendizagem a distância, a aprendizagem ativa, a aprendizagem cooperativa, a aprendizagem baseada na solução de problemas. Este tipo de questões configura um novo paradigma centrado no estudante e a dimensão social do ensino superior, que, em Portugal, se debruça em particular sobre os adultos e os estudantes de baixo estatuto socioeconómico como públicos sub-representados. De forma plenamente integrada neste contexto, o ensino a distância em modalidade e-learning tem vindo a ganhar expressão no panorama Português, onde se destaca a Universidade Aberta. A especificidade da modalidade de ensino e do público alvo determinaram a elaboração de um modelo pedagógico virtual próprio, informado por quatro eixos fundamentais: a aprendizagem centrada no estudante; o primado da flexibilidade; o primado da interação; e o primado da inclusão digital. Estas características, de entre as quais destacamos a flexibilidade inerente ao processo de ensino-aprendizagem têm impactos ao nível do espaço e tempo em que se desenvolve o trabalho docente, e consequentemente ao nível da gestão do tempo levada a cabo pelos professores. Propomo-nos, nesta comunicação, recorrendo a um levantamento das experiências de professores da Universidade Aberta, relacionadas com as formas de organização do trabalho docente e de gestão do tempo, questionar-nos sobre estes impactos.
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