Os efeitos do fim de vida na sobrecarga e estado de depress?o do cuidador : um estudo de avalia??o da interven??o dos cuidados de sa?de na comunidade

O aumento da esperan?a m?dia de vida e sobrevida das doen?as cr?nicas progressivas e incapacitantes, conjugada com as politicas de sa?de de conten??o de despesas com a fuga ? pr?tica "hospitaloc?ntrica", leva a que estes doentes sejam cuidados no domicilio, normalmente atrav?s de um cuidad...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lopes, Bruno Ac?cio Branco da Rocha (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/20.500.11960/1243
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1243
Description
Summary:O aumento da esperan?a m?dia de vida e sobrevida das doen?as cr?nicas progressivas e incapacitantes, conjugada com as politicas de sa?de de conten??o de despesas com a fuga ? pr?tica "hospitaloc?ntrica", leva a que estes doentes sejam cuidados no domicilio, normalmente atrav?s de um cuidador. V?rios estudos descrevem estes cuidadores com n?veis de sobrecarga e estados de depress?o elevados. A implementa??o da Reforma dos cuidados de Sa?de prim?rios, redefiniu as equipas que prestavam assist?ncia ao cuidador do doente paliativo no domicilio, destinando tal fun??o ?s Unidades de Sa?de Familiar (USF) e Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI). Com o estudo pretendeu-se comparar o estado de depress?o e sobrecarga entre os cuidadores de doentes paliativos com assist?ncia de profissionais de sa?de das ECCI e de profissionais das USF. Para tal, procedeu-se a um estudo de natureza quantitativa, quaseexperimental, transversal e correlacional, em que foram estudados, num ?nico momento, dois grupos de cuidadores de doentes paliativos: um grupo com assist?ncia de sa?de por profissionais das USF e outro grupo com assist?ncia de sa?de por profissionais das ECCI. Realizou-se uma amostragem n?o-casual por conveni?ncia, em que a nossa amostra coincidiu com a popula??o que no momento apresentava assist?ncia paliativa, tendo sido exclu?dos 3 cuidadores por se tratarem de profissionais de sa?de, sendo a amostra final de 71 cuidadores. A recolha de dados foi efetuada atrav?s de um question?rio. A estat?stica descritiva e inferencial foi utilizada para o tratamento de dados. Decidimos testar o Sentido de Orienta??o para a Vida (SOC) como vari?vel de resili?ncia nos dois grupos, atrav?s do Question?rio de Orienta??o para a Vida (QOV) (Nunes, 1999). Verificamos um baixo SOC da amostra (43,49) e a inexist?ncia de diferen?as estatisticamente significantes do SOC nos dois grupos (p=0,056). Para quantificarmos a vari?vel sobrecarga recorremos ao Question?rio de Avalia??o de Sobrecarga do Cuidador informal (QASCI) (Martins, Ribeiro & Garrett, 2004) e o estado de depress?o ao Invent?rio Depressivo de Beck (IDB) (Mcintyre & Ara?jo-Soares, 1999).Contatamos que os cuidadores principais s?o predominantemente do sexo feminino (85,9%), com 65 anos ou mais (74,6%), casados ou em uni?o de fato (74,6%), com o 1? ciclo de ensino b?sico (46,5%), reformados pensionistas (31%) e filhos do doente paliativo (38%). Os resultados indicaram que o estado paliativo do doente ?predominantemente decorrente de doen?as degenerativas (33,8%) e que 49,3 % dos cuidadores apresentam sobrecarga moderada e 21,1% apresentam depress?o leve. N?o se verificaram diferen?as estatisticamente significante ao n?vel da sobrecarga (p=0,846) e estado de depress?o (p=0,710) entre os cuidadores com assist?ncia pelas USF e ECCI. Consultados os resultados verificou-se que os cuidadores do doente paliativo apresentam n?veis de sobrecarga e depress?o acima do normal e que a influ?ncia da interven??o das USF e ECCI neste fen?menos ? similar.