Summary: | De acordo com a (Unicef, 2006), o trabalho infantil exploratório constitui maus-tratos com todas as suas tipologias inerentes; e vem vitimando biliões de crianças por todo o mundo. Essa prática tem sido atribuída pela literatura a vários factores, como a pobreza familiar, pobreza infantil, elevando índice de literacia e práticas culturais cingidas nas crenças e valores, com maior incidência para o continente africano. As organizações internacionais e nacionais que visam a protecção da criança, tendo como finalidade interromper as práticas intrínsecas ao problema, têm vindo a desenvolver programas para irradicação do trabalho infantil. Deste modo, interessamo-nos em pesquisar a realidade do trabalho infantil exploratório em Angola, e a influência da cultura na sua concepção e intervenção. Foi assim conduzido um estudo qualitativo em Angola, com técnicos da área de protecção de menores, que participaram por meio de entrevistas semi-estruturadas, que foram posteriormente transcritas analisadas e categorizadas. Os resultados mostraram que os factores subjacentes a prática do trabalho infantil exploratório parecem estar ligados à pobreza, falta de conhecimento e, finalmente, a esse trabalho ser visto como um processo de socialização ou integração da criança na família.
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