Resumo: | O presente estudo tem como objetivos contribuir para a difusão da perspetiva inovadora designada Desenvolvimento Positivo na Adolescência (DPA), em território nacional, bem como explorar a relação entre o DPA e a variável relacionada, Bem-Estar Subjetivo (BES). A abordagem do DPA tem vindo a popularizar-se e a conquistar cada vez mais o interesse de investigadores e profissionais que trabalham com adolescentes. Trata-se de uma abordagem promocional, alternativa aos modelos tradicionais da adolescência que dirigiram o seu foco para as trajetórias problemáticas e de risco durante grande parte do século XX. Para dar cumprimento aos objetivos deste trabalho foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário do Desenvolvimento Positivo na Adolescência, versão reduzida (Richard Lerner, von Eye, Jaqueline Lerner, Lewin-Bizan, & Bowers, 2010), questionário Índice de Bem-Estar Pessoal, versão escolar (IBEP) (Cummins & Lau, 2005) e um questionário sociodemográfico. Participaram neste estudo 385 alunos com média de idades de 13.37 anos (DP=0.957), 48.3% do sexo masculino e 51.7% do sexo feminino. Os resultados quantitativos mostraram os 5 C’s, dimensões integradoras do DPA, se relacionam com os domínios do IBEP que avaliam o BES. Destacam-se as correlações mais elevadas que se verificaram entre o C Conexão e o grau de satisfação com o domínio, Vida Geral, e com os domínios particulares da vida, Realização na Vida, Relacionamentos Pessoais e Segurança Pessoal Sentida do questionário IBEP. De realçar também que os resultados desta investigação sugerem bons níveis de DPA e de BES na adolescência. No que diz respeito às diferenças de género, as raparigas apresentaram melhores níveis de DPA e os rapazes melhores níveis de BES. Deste modo, pretendeu-se contribuir para uma melhor compreensão da etapa da adolescência através da exploração de um vocabulário alternativo e clarificador capaz de lhe conferir novos significados.
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