Resumo: | O crédito apresenta-se, a nosso ver, como uma forma de gerir/organizar património, não obstante as contradições aparentes em torno do conceito de juro/usura entre os séculos XVI e XVIII. Em torno de duas instituições fundamentais à cidade de Aveiro, mas cuja projecção ultrapassa o próprio âmbito espacial, descrevem-se relações de crédito e adivinham-se estratégias ao examinar-se a perspectiva dos que emprestam e dos que se endividam. A imagem construída é a da prática do crédito privado não como um privilégio estatal ou urbano, mas extensível a zonas rurais, graças à oportunidade criada por aquelas instituições de mão-morta.
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