Arquitectura da memória em João Luís Carrilho da Graça

A transformação sofrida nos ambientes construídos e no modo como o Homem experiencia o espaço obriga a novas reflexões sobre o tema da memória. Enquanto fenómeno social e colectivo, a memória integra-se nos lugares sob a forma de imaginário e aí permanece, dotando-os de identidade. Permitindo ao Hom...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Tavares, Madalena Faria Blanc, 1986- (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11067/318
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/318
Descrição
Resumo:A transformação sofrida nos ambientes construídos e no modo como o Homem experiencia o espaço obriga a novas reflexões sobre o tema da memória. Enquanto fenómeno social e colectivo, a memória integra-se nos lugares sob a forma de imaginário e aí permanece, dotando-os de identidade. Permitindo ao Homem compreender o seu passado, os lugares de memória possibilitam guardar materialmente o imaterial da herança recebida e até a própria História. Com o objectivo de compreender as razões que levam à protecção do património construído, são abordados os factos históricos e os intervenientes que lançaram as primeiras questões relativas às intervenções em preexistências do passado. Intimamente ligadas à evolução do próprio Homem, encontram-se por isso, os métodos desenvolvidos para a salvaguarda dos fragmentos e lugares de memória. Através de obras do Arqt. João Luís Carrilho da Graça, nomeadamente intervenções em preexistências patrimoniais, pretende-se abordar o tema da acção em estruturas do passado. Estas obras espelham a importância da leitura do lugar e do conhecimento da História, memória e identidade das preexistências com que dialogam. Através de uma linguagem contemporânea, e como resposta às necessidades programáticas actuais, o arquitecto age sob elementos do passado rememorando, adaptando e articulando. O seu trabalho reflecte as questões inerentes à intervenção na paisagem e à integração do objecto na envolvente. A recente relação entre a arquitectura e a arte, expressa na evolução e expansão dos espaços de cultura, possibilita novas formas de intervenção na paisagem. Resultante da compreensão de como a arte se insere no ambiente construído, a arquitectura adquire novos vocabulários e formas de integração. A arte revitaliza a memória dos lugares e dá ao Homem a capacidade de os reinterpretar. (Madalena Faria Blanc Tavares)