Resumo: | A parentalidade ao longo dos tempos tende a modificar-se de acordo com os pais, o número de filhos, a idade e as características individuais destes últimos. Desta forma, as famílias possuem diferentes necessidades e requerem respostas diferenciadas (Alarcão, 2006; Relvas, 2006). Este estudo tem por objetivo compreender e caracterizar as famílias numerosas e não numerosas e aprofundar o estudo dos estilos parentais e do suporte social em ambos tipos de famílias. Neste sentido, a presente investigação tem como finalidade analisar a relação dos estilos parentais e do tipo de famílias, numerosa e não numerosa e ainda, a relação do suporte social, estilos parentais e o tipo de família. Para a realização desta investigação e recolha de dados, foi considerada uma amostra por conveniência, que incluiu 1758 pais, com filhos com idades entre os 6 e os 16 anos. Dos inquiridos 77,3% eram do género feminino (n=1359), 22,7% do género masculino (n=398), com idades entre os 20 e os 80 anos (M=41,61) (DP=5,71), 13,5% de famílias numerosas (n=189) e 86,5% de famílias não numerosas (n=1215). Foi utilizado um questionário sociodemográfico, para avaliar os estilos parentais foi utilizada a escala EMBU-P (Castro, Pablo, Gómez, Arrindell, & Toro, 1997; adaptada por Canavarro & Pereira, 2007) e para medir o suporte social foi utilizada a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) (Ribeiro, 1999). Os resultados demonstraram que não existem diferenças significativas relativamente aos estilos parentais, quer em famílias numerosas quer em famílias não numerosas. Verificando-se uma tendência para a média em ambos os tipos de famílias. Contudo, foi possível verificar que existe uma tendência para as famílias numerosas terem um maior suporte social. Com este projeto de investigação, prendeu-se contribuir para o desenvolvimento científico e colaborar para futuras investigações que possam ser aplicadas na prática clínica. De forma a explorar e a compreender os padrões de funcionamento familiar.
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