Summary: | Em Portugal, a hotelaria apresenta-se como uma das componentes mais importantes do turismo e continua a apresentar índices de crescimento. Com as políticas económicas e sociais associadas à crescente globalização e ao desenvolvimento sustentável, surge a relevância da temática da responsabilidade social das organizações (RSO) como parte constituinte essencial do negócio de uma empresa. As organizações confrontam-se com desafios e mudanças recorrentes, cuja adaptação e sucesso dependem da cultura organizacional. Neste contexto, é essencial desenvolver uma cultura que incite o compromisso dos colaboradores, de modo a que estes estejam mais satisfeitos e envolvidos com a organização. A presente investigação visa analisar a relação entre a perceção das práticas de responsabilidade social e o compromisso afetivo, testando simultaneamente o efeito moderador que os tipos de cultura organizacional (apoio, regras, objetivos e inovação) podem exercer nessa relação. Para tal, foi recolhida uma amostra de 183 participantes que laboram em unidades hoteleiras, através de um questionário distribuído presencialmente. Os principais resultados revelaram a perceção das práticas de responsabilidade social promove um maior compromisso afetivo. O presente estudo mostra que nem todos os tipos de cultura organizacional têm um efeito moderador na relação responsabilidade social - compromisso. Somente a cultura de regras modera, isto é, afeta a relação das práticas de RSO com o compromisso afetivo. Assim, a presente dissertação constitui um contributo relevante para a literatura existente sobre a relação entre a responsabilidade social e o compromisso afetivo e demonstrar em que circunstâncias, esta relação pode ser fortalecida ou enfraquecida com a presença de uma variável moderadora (cultura organizacional).
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