A evolução temporal dos tipos de inundações com danos humanos no concelho de Lisboa (1865-2010)

Este trabalho pretende compreender a evolução temporal das cheias e inundações que causaram danos humanos (mortos, evacuados e desalojados) no concelho de Lisboa entre 1865 e 2010. Os danos humanos foram associados a dois tipos de inundações: cheias rápidas e inundações relacionadas com a antiga red...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Leal, Miguel (author)
Outros Autores: Ramos, Catarina (author), Pereira, Susana (author)
Formato: bookPart
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/40232
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/40232
Descrição
Resumo:Este trabalho pretende compreender a evolução temporal das cheias e inundações que causaram danos humanos (mortos, evacuados e desalojados) no concelho de Lisboa entre 1865 e 2010. Os danos humanos foram associados a dois tipos de inundações: cheias rápidas e inundações relacionadas com a antiga rede de drenagem natural (FREN, flooding related to ancient naturaldrainage network). Inicialmente foi realizada a georreferenciação precisa das ocorrências de cheias e inundações presentes na base de dados DISASTER e a reconstrução da rede hidrográfica de Lisboa, utilizando mapas topográficos dos séculos XIX e XX (escalas 1:10 000 e 1:25 000). Em termos temporais foram identificados três períodos no que concerne ao número total de ocorrências e ao predomínio do tipo de inundação (antes, durante e depois da canalização subterrânea da maioria dos cursos de água). No concelho de Lisboa foram registadas 134 ocorrências DISASTER de cheias e inundações em 146 anos, das quais 31% foram causadas por cheias rápidas e 43% por FREN. Os danos humanos diferem em função do tipo de inundação. Na mortalidade, 70% dos casos estão associados a cheias rápidas e 10% a FREN, enquanto em relação aos evacuados e desalojados as FREN abrangem mais de 60% destes danos humanos. Neste trabalho concluiu-se que as cheias rápidas que causaram danos humanos deixaram de existir em Lisboa na década de 1960, mas o seu potencial destruidor é superior ao das FREN.