Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico

A designação "espécies reactivas" (ER) é utilizada para englobar os radicais livres e outras moléculas, as quais, apesar de não possuírem átomos com electrões desemparelhados, são potencialmente geradoras desses radicais. Estas substâncias, naturalmente formadas em situações basais pelo me...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ferreira,Filipe (author)
Outros Autores: Ferreira,Rita (author), Duarte,José Alberto (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2007
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000200014
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S1645-05232007000200014
Descrição
Resumo:A designação "espécies reactivas" (ER) é utilizada para englobar os radicais livres e outras moléculas, as quais, apesar de não possuírem átomos com electrões desemparelhados, são potencialmente geradoras desses radicais. Estas substâncias, naturalmente formadas em situações basais pelo metabolismo celular, são capazes, devido à sua elevada reactividade, de modificar a maioria das moléculas biológicas, colocando em risco a funcionalidade e a viabilidade celular. Particularmente a nível muscular esquelético, a mitocôndria parece constituir a principal fonte e, simultaneamente, o principal alvo das ER. No entanto, a Xantina Oxidase, a Fosfolipase A2, a desaminação das catecolaminas, assim como a infiltração tecidual pós-exercício de leucócitos, poderão contribuir também como fontes adicionais de ER nos músculos exercitados. A ocorrência e a intensidade do resultante dano oxidativo, tanto no músculo esquelético, como nos restantes órgãos e tecidos corporais, para além da taxa de síntese de ER, estão também dependente da capacidade antioxidante que o tecido expressa, quer à custa de antioxidantes endógenos, quer exógenos provenientes da dieta. Essa capacidade antioxidante depende não só do papel específico de cada um dos mecanismos antioxidantes, enzimáticos e não enzimáticos, como também da cooperação entre os mesmos. Como resultado do exercício físico agudo, as taxas de produção de ER de oxigénio aumentam, tal como o dano muscular causado por estes mesmos compostos. Contudo, com a repetição regular do exercício físico (treino), os resultados da literatura mostram que os músculos aumentam a sua capacidade antioxidante, tornando-os mais protegidos contra as ER formadas, não só em repouso, como também durante os exercícios agudos subsequentes.