Relação de ajuda em pediatria: perspetiva dos pais

Enquadramento: Cuidar em pediatria baseia-se numa filosofia muito própria, que privilegia a prestação de cuidados em parceria e centrados na família. A relação de ajuda é considerada um instrumento de cuidados de enfermagem fundamental. O conhecimento da perceção que os pais têm acerca da relação de...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Almeida, Elsa Margarida Magalhães Simões (author)
Outros Autores: Rocha, Amarílis Pereira, orient. (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/1683
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1683
Descrição
Resumo:Enquadramento: Cuidar em pediatria baseia-se numa filosofia muito própria, que privilegia a prestação de cuidados em parceria e centrados na família. A relação de ajuda é considerada um instrumento de cuidados de enfermagem fundamental. O conhecimento da perceção que os pais têm acerca da relação de ajuda estabelecida pelos enfermeiros dos serviços de pediatria é indispensável para a busca de conhecimento e aquisição de competências para conseguir estabelecer uma relação de ajuda com a criança/adolescente/família, baseada no respeito, congruência e empatia. Objetivos: Avaliar a perspetiva da família das crianças/adolescentes acerca do desempenho da relação de ajuda dos enfermeiros que as cuidam; Verificar a influência das variáveis sociodemográficas dos pais na perceção que têm sobre a relação de ajuda estabelecida pelos enfermeiros. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo, correlacional, realizado numa amostra não probabilística, por conveniência, constituída por 203 pais que acompanharam os filhos nos serviços de pediatria. O instrumento de recolha de dados utilizado inclui questões para a caraterização sociodemográfica da amostra e o inventário de relações interpessoais de Barrett-Lennard, versão OS-40 que avalia a relação de ajuda nas suas quatro dimensões: nível de respeito, compreensão empática, incondicionalidade e congruência. Resultados: O nível de respeito e incondicionalidade são percecionados pelas mães de forma muito positiva, enquanto que pelos pais é mais valorizada a compreensão empática e congruência. Obtiveram-se ordenações médias superiores nos pais com idades compreendidas entre 29-35 anos em todas as dimensões, exceto na congruência. Os pais que residem em meio urbano obtiveram scores superiores na relação de ajuda. Na unidade de neonatologia observaram-se ordenações médias mais elevadas para todas as dimensões da relação de ajuda e na pediatria, ordenações médias mais baixas. Conclusões: Os pais das crianças/adolescentes internados têm uma perceção positiva da relação de ajuda. Nas dimensões nível de respeito e compreensão empática apresentaram scores mais elevados, seguidos da congruência e, com score mais baixo, a incondicionalidade do respeito. Sugere-se a implementação de formação contínua na equipa de enfermagem acerca da relação de ajuda e a continuidade da investigação nesta área. Palavras-chave: Relação de ajuda, família, enfermeiro, pediatria.